Uma das principais indústrias de papel e embalagens sustentáveis do Brasil, a Irani conquistou destaque nos últimos anos pelas práticas relacionadas à economia circular, um dos compromissos da companhia com a sustentabilidade e os indicadores ESG, dentro da meta de zerar a destinação de resíduos não perigosos para aterros até 2030. No ano passado, apenas 7,7% de todos os resíduos gerados nas unidades da companhia em Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo foram transportados para os aterros de suas regiões, ante 9,45% em 2021. Assim, 8,8 mil toneladas deixaram de ser enviadas para aterros.

Os subprodutos como carbonato de cálcio, lixívia de sabão, cinza grossa da caldeira e sucatas metálicas foram comercializados com fabricantes de fertilizantes agrícolas e substratos, químicas e de reciclagem na área siderúrgicas. A maior parte dos resíduos foi para 18 empresas sediadas nos municípios de Caçador, Catanduvas, Chapecó, Erval Velho, Irani, Três Barras e Vargem Bonita, no Meio-Oeste catarinense.

Exemplos positivos da economia circular sobre esse aproveitamento não faltam. A lixívia de sabão, resíduo proveniente do processo de recuperação de produtos químicos, é comercializada para a extração de um composto substituto ao óleo BPF e de xisto — utilizado como combustível — além de ser usada na fabricação de resinas, emulsificantes e flotação de minérios. Já a cinza grossa possui bases que servem para neutralizar a acidez do solo, funcionando como corretivo e fertilizante.

A reutilização desses resíduos por empresas parceiras contribui para reduzir a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, destaca o gerente de Sustentabilidade da Irani, Leandro Farina, e ainda gera receita à companhia. “Esta é uma jornada de muitos anos da Irani, para que os resíduos tenham uma utilização prolongada e sejam aproveitados como matéria-prima por outras empresas, o que caracteriza a economia circular”, afirma.

O executivo reforça que a Irani é uma das signatárias e apoiadoras dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), aliados à Agenda 2030 das Organizações das Nações Unidas (ONU), desde 2021, e cita o caso de três empreendimentos que se instalaram na região próxima ao município de Vargem Bonita, no Meio-Oeste, para o aproveitamento dos resíduos gerados pelas fábricas de papel e embalagens da Irani no distrito de Campina da Alegria. “Esse movimento pensando sob a ótica da economia circular, além de ser sustentável, acaba gerando renda em toda a comunidade no entorno das unidades”, acrescenta Farina.