O mercado automobilístico segue aquecido depois dos incentivos fiscais oferecidos pelo governo a fim de diminuir os estoques nos pátios. Com a aceleração da produção em maio, a indústria automobilística produziu 227,9 mil veículos, num crescimento de 10,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Essa tendência de crescimento resvala em toda a cadeia segmentar, como também na coadjuvante – e não menos importante. Para que toda produção se torne um produto final – nesse caso, em carros – há uma logística por trás de tudo, onde o início dos trabalhos se dá no recebimento de peças e componentes dos fornecedores.

Nesse contexto entra a indústria de caixas de papelão, que produz caixas específicas e personalizadas para o transporte eficaz de todos os acessórios. Conforme o tipo de peça, o peso, empilhamento e armazenamento, o projeto dessas caixas deve garantir que tais materiais cheguem ao seu destino nas mesmas condições que embarcaram na origem.

A Delta Indústria de Caixas de Papelão Ondulado fabrica caixas de papelão tipo exportação com o conceito CKD. Esse modelo oferece versatilidade de produção, podendo ser projetada conforme especificidade do cliente. “O conceito CKD produzido na Delta atende perfeitamente as peculiaridades da indústria automobilística. Analisamos os produtos a serem transportados e, dessa forma, desenhamos e produzimos de acordo com cada pedido” – explica Cícero Mário, diretor comercial da fábrica –, acrescentando que as caixas têm estrutura reforçada, seja para o transporte terrestre, aéreo ou marítimo.

O conceito CKD mistura, em boa parte da sua composição, apenas a principal matéria-prima da indústria – o papelão. As colunas e cantoneiras, eventualmente, podem receber um reforço de madeira. Nesse formato, a utilização de madeira é significativamente menor, reduzindo impactos no meio ambiente. “Nosso cliente busca segurança no quesito transporte”, diz o empresário.

As caixas produzidas nesse padrão suportam desde 500 quilos, usando reforço interno de cantoneira, até três mil quilos, com reforço interno de madeira. Com a base feita de palete, os reforços estruturais obedecem às questões técnicas, que consideram variáveis como o tipo de peça, o peso, o tipo de transporte e ainda as condições e tempo de armazenagem. Especialmente produzida para o transporte de motores, a Delta introduz “calços/berços de papelão” dentro da caixa e cintas internas em papelão “pesado”, que garantem a individualidade das peças, além de uma cinta que visa envolver toda a estrutura dessa embalagem.

Além do mercado automobilístico, o conceito CKD da Delta atende outros segmentos, como alimentício, bebidas, farmacêutico, vestuário, entre outros. Entre outras vantagens, conforme Cícero, está no descarte final da caixa. “Quando o produto é desembarcado, fica uma caixa de papelão. Esse conceito, devido a facilidade de manuseio, permite que a caixa seja desmontada e descartada da forma correta, explica Cícero, dizendo ainda que “a sustentabilidade é o elemento principal da caixa”.