Comemorado em todo território nacional, no dia 7 de fevereiro é celebrado o ‘Dia do Gráfico’, profissional que trabalha no processo de impressão de jornais, revistas, livros e folhetos. Essa é uma profissão antiga, visto que a história da impressão é acompanhada há mais de 2.000 anos, na China. No entanto, foi em 1450 que ela se popularizou, quando o alemão Johannes Gutenberg inventou a prensa gráfica e tornou-se conhecido como ‘o pai da imprensa’.
Com o avanço da tecnologia, esse segmento de mercado tem passado por grandes mudanças ao longo das últimas décadas, de modo que, para continuar aquecido, a busca e renovação de novos talentos, alinhando estratégias, expectativas, valores e competências, se tornou essencial. Para se ter uma ideia, a busca por formação em design, por exemplo, vem aumentando, e em 2022 cresceu 40,7%, segundo dados da Alura, escola de tecnologia. Foram mais de 50,5 mil pessoas estudando o curso, enquanto o ano de 2021 totalizou pouco mais de 35,9 mil alunos.
De acordo com Thiago Leon Marti, Gerente de Branding da Printi, gráfica que faz parte do Grupo Cimpress e é referência global em média e baixa tiragem, “o boom tecnológico no início dos anos 2000 fez muitos profissionais acreditarem que a indústria gráfica seria impactada, no entanto, ela vem se reinventando a cada dia, utilizando, inclusive, a tecnologia como grande aliada. Esse desafio foi um dos motivos para a vanguarda do conceito web-to-print, por exemplo”, pontua.
Sendo assim, o trabalho do profissional gráfico, mesmo que sendo visto como uma função antiga, envolve atuação em diferentes etapas, como pré-impressão, impressão e acabamento. Deste modo, há uma gama cada vez maior de atividades a serem desempenhadas, como o arte-finalista, designer gráfico, entre outros.
Para estimular novas gerações neste segmento, no entanto, o executivo aponta aspectos, como o avanço tecnológico, que pode atrair profissionais interessados em inovação. Iniciativas sustentáveis também são pontos de destaque. “A Geração Z tem sido ativa em questões de responsabilidade ambiental. Assim, investir em práticas como a impressão ecoeficiente e o uso de materiais recicláveis se torna um diferencial. Além disso, é preciso demonstrar como o mercado gráfico contribui para soluções sustentáveis, como embalagens ecológicas, a gestão correta de resíduos e impressão com menor impacto ambiental”, declara.
Oferecer oportunidades de desenvolvimento profissional, bem como criar um ambiente de trabalho atrativo, também são fatores determinantes para cativar um público mais jovem de profissionais. Assim, Thiago reforça que desenvolver planos de carreira traz uma visão muito clara aos profissionais sobre suas possibilidades de crescimento dentro do setor. Além disso, incorporar práticas de trabalho flexível e promover um ambiente que valorize sua saúde, bem como estimular uma cultura organizacional que acolha diferentes perfis e incentive a criatividade, fará com que a gráfica se destaque diante da Geração Z.
“Atrair novos perfis de profissionais para o mercado gráfico exige uma combinação de fatores como modernização, valorização do impacto social e ambiental e a criação de oportunidades de aprendizado e crescimento. Com o foco em iniciativas assertivas, a indústria gráfica pode se destacar como uma oportunidade de carreira inovadora, sustentável e relevante para os desafios futuros”, finaliza Marti.