Com foco em atender às necessidades dos clientes de forma personalizada, a WestRock encontrou na solução fotovoltaica uma maneira de contribuir com seus parceiros na redução de custos com energia elétrica e aumentar a sustentabilidade das operações, já que prontifica seus recursos, sua estrutura e expertise para desenvolver e implementar o projeto.
A fabricante de embalagens desenvolveu um modelo de negócios que inclui todo o projeto e instalação da energia fotovoltaica e prevê que os clientes que utilizam as máquinas de automação cedidas pela WestRock em comodato, possam também contar com a concessão das placas solares para garantir a geração de energia elétrica limpa. Somente neste ano, foram instaladas 82 placas solares, que vão gerar energia elétrica para o funcionamento dos equipamentos dos parceiros e serão doadas aos clientes pela WestRock ao final do contrato. Os benefícios incluem a aquisição de placas solares com melhores custos, dada a capacidade de negociação com fornecedores desses materiais e atendimento às normas de segurança, incluindo também no startup, treinamento às equipes.
A Angel Agrícola, produtora e distribuidora de frutas localizada em Apodi, no Rio Grande do Norte, foi a primeira empresa a ter a solução implementada. A máquina de embalamento em pleno funcionamento, consome 13,5kW, e a capacidade do sistema fotovoltaico chega a 15,64kWp. Com isso, a economia de energia pode variar entre 46% e 137%, dependendo do tempo de uso do maquinário, o que pode reduzir até 100% do consumo da rede e ainda gerar excedente de 37% para abastecer outras áreas da produção.
Benefícios sustentáveis advindos da implementação da energia fotovoltáica
Com o aumento da demanda por projetos de baixo impacto em emissões de carbono, empresas têm buscado alternativas sustentáveis e competitivas para reduzir suas emissões dentro e fora de suas operações. Nesse caso, a solução de embalamento WestRock oferece um ganho de redução de emissões no chamado escopo 2, relacionado ao consumo de energia elétrica. No Brasil, apesar de existir uma grande base proveniente de energia hidroelétrica, ainda é utilizado um percentual de energia vinda de fonte não renovável, como as termoelétricas, impactando os inventários de emissões de carbono das empresas. O propósito da solução é utilizar a energia solar para entregar energia limpa e de fonte renovável, contribuindo para uma operação com menor impacto em emissões nas operações.
Quando considerados os ganhos em sustentabilidade no desenvolvimento do projeto para a Angel Agrícola, foi calculada a redução da emissão dos gases de efeito estufa (GEE) de 3,29 toneladas no escopo 2, considerando o fator de emissão médio de CO2 por MWh, no ano de 2021, de 0,1264 tCO2/MWh. Esse fator é anualmente calculado pelo Ministério de Minas e Energia, levando em conta os tipos de produção de energia do país.
“Acreditamos que com a crescente preocupação dos consumidores em consumir produtos de origem mais sustentável, projetos dessa natureza possibilitam aumento nas vendas e maior valor agregado aos produtos. Pensando nisso, desenvolvemos um selo que pode ser aplicado à embalagem, informando que ela foi montada a partir de energia limpa, ajudando a comunicar a sustentabilidade por meio da embalagem exposta”, explica Daniela Hauffe, diretora de Inovação WestRock.
Inclui-se aos benefícios já citados, o baixo impacto financeiro do investimento ao fluxo de caixa das empresas, uma vez que é diluído no custo das embalagens e traz economia com o consumo de energia elétrica. Além disso, promove-se a estabilidade no preço de aquisição da energia, já que ao não consumir a quantidade de energia da rede de fornecimento, elimina-se a oscilação de custos proveniente das concessionárias de energia elétrica.
O projeto pode ser expandido para mais clientes em outras regiões do Brasil, já que o país possui um potencial enorme para o aproveitamento deste recurso. “Buscamos ajudar nosso cliente a encontrar soluções para as possíveis dificuldades que ele possa encontrar, seja na operação atual ou mesmo no momento de ampliar sua produção”, conclui Daniela Hauffe.
Solução em linha com o crescimento da prática no país
Dados divulgados neste ano pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) indicam que a energia solar é a segunda maior fonte de energia no Brasil, com 23,9 gigawatts em operação, ultrapassando a eólica e ficando atrás apenas da fonte hídrica. É um sistema de energia renovável, considerada limpa por utilizar recursos inesgotáveis, como a luz solar, para gerar eletricidade. Além de contribuir para posicionar o Brasil na transição energética sustentável, a energia solar é e tem sido uma ferramenta estratégica para a competitividade da indústria brasileira, em todos os setores produtivos, incluindo indústrias de pequeno, médio e grande porte.
De acordo com a Absolar, com base em dados atualizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), o Brasil está na 4ª posição do ranking dos países que mais acrescentaram capacidade solar fotovoltaica no mundo, no ano de 2021. O país já alcançou 15 GW, com mais de R$ 78,5 bilhões de investimentos acumulados, e evitou também a emissão de 20,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. Já na região do Nordeste, o primeiro semestre de 2022 foi concluído com 233 mil sistemas fotovoltaicos de pequeno e médio portes instalados. Com isso, totalizou a quantidade de 2,5 gigawatts (GW) de potência operacional, ficando atrás apenas da região Sudeste.