A Irani Papel e Embalagem S.A. registrou receita líquida de R$ 408 milhões no terceiro trimestre deste ano – aumento de 3,4% em relação ao 2T23 e queda de 7,6% em relação ao mesmo período de 2022. Apesar da retração sobre o mesmo período do ano passado, o EBITDA Ajustado apresentou margem de 32,7%, ante 31,1% no terceiro trimestre de 2022, alcançando R$ 133,33 milhões neste ano. O lucro líquido da companhia somou, entre julho e setembro, R$ 70,78 milhões, excluindo efeitos não-recorrentes, ante R$ 95,53 milhões no mesmo período de 2022.

“Apesar da retração na comparação com o mesmo período do ano anterior, em relação ao segundo trimestre deste ano o lucro da companhia ficou em patamar semelhante, desconsiderando a receita atípica gerada por um ganho judicial de créditos de PIS e Cofins, de R$ 161,11 milhões no 2T23. Isso mostra a resiliência do nosso negócio em meio a um momento de cenário adverso”, avalia diretor de Administração, Finanças e de Relações com Investidores da Irani, Odivan Cargnin.

No terceiro trimestre deste ano, destaca o executivo, duas ações se sobressaíram, em especial, e devem começar a se refletir positivamente nos resultados da companhia. Um importante movimento, que terá reflexos positivos e que foi implementado no terceiro trimestre, foi a adoção da estratégia de gestão de passivos (liability management), que teve como foco alongar prazo e reduzir o custo da dívida da empresa. Esse movimento financeiro permitiu substituir debêntures com custo de CDI + 4,5% ao ano por outras operações com custo de CDI + 1,8% ao ano e prazo total de 5 anos. “Com isso, reduzimos o custo de capital de terceiros, com impacto bastante favorável no custo médio da dívida da empresa”, acrescenta Cargnin.

Outro ponto importante, destaca o executivo, é que, após os R$ 910,68 milhões já investidos na plataforma Gaia desde 2020, a companhia ingressa em uma nova fase. “Passamos agora a contabilizar no resultado as despesas financeiras dos financiamentos e entramos na fase de captura dos retornos. Estamos chegando ao final do ciclo de investimentos com uma alavancagem bem controlada, na casa de 2,1 vezes o EBITDA, com R$ 538 milhões em caixa, 99% da dívida no longo prazo com custo bem adequado”, explica Cargnin.