A Canguru Embalagens recebeu o certificado de conformidade com a norma internacional de sustentabilidade ISCC Plus. Primeira indústria do segmento de embalagens plásticas flexíveis com capital 100% nacional a conquistar a acreditação, a empresa catarinense tem nesse feito um marco para a pesquisa e o desenvolvimento de produtos com resina reciclada.

A certificação ISCC Plus sinaliza ao mercado e à sociedade sobre a sustentabilidade, a rastreabilidade e a identidade das matérias-primas, incluindo as provenientes da reciclagem avançada, a tecnologia mais atual e inovadora de transformação de resíduos plásticos em resina – que volta ao processo industrial para virar plástico novamente.

“A certificação vinda de uma instituição internacional e independente assegura, por exemplo, as informações da quantidade de material reciclado contido na embalagem, se tem 20%, 30% ou mais”, explica a coordenadora de Qualidade Assegurada da Canguru, Cristina Bianchini.

A busca por processos e produtos mais sustentáveis se consolida cada vez mais como uma tendência em todos os mercados, aponta o executivo do Grupo Empresarial Jorge Zanatta, Leandro Buciani. “Estar alinhado com práticas sustentáveis está entre as nossas prioridades e os próprios clientes incentivam esse movimento nas suas cadeias de produção, ao assumirem compromissos públicos de aumentar a quantidade de matérias-primas recicláveis nas embalagens”, conta.

Com a atestada adequação à norma ISCC Plus, a Canguru Embalagens visa acelerar os projetos de criação de soluções com resina reciclada. “Essa certificação oferece acesso a mercados sustentáveis e diferenciação competitiva, permitindo que empresas demonstrem práticas sustentáveis e atendam a demanda por produtos que fortaleçam a economia circular”, sublinha o executivo da área comercial, Marcelo Vieira de Sá.

Reciclagem avançada e a economia circular

Considerado o método mais atual e inovador de processamento de resíduos plásticos para torná-los matérias-primas novamente para indústrias plásticas, a reciclagem avançada está restrita a poucos países. No Brasil, está em construção a primeira usina que utiliza esse processo. “É um método de transformação complementar à reciclagem mecânica, porque consegue processar materiais de difícil separação”, aponta a coordenadora de Qualidade Assegurada da Canguru, Cristina Bianchini.

À medida que a demanda e o número de plantas industriais de reciclagem crescem e a capacidade de transformação do chamado “plástico pós-consumo” vai se fortalecendo um ambiente de economia circular focada em sustentabilidade, aponta Buciani. “O plástico possui importantes vantagens do ponto de vista prático, higiênico e de proteção e detém um diferencial importante da capacidade de reaproveitamento”, enaltece.